De acordo com fontes do setor segurador, ainda persiste a incerteza sobre o impacto da inteligência artificial (IA) no ramo. Em um evento recente, o qual reuniu líderes e visionários do mercado, foi consensual que as mudanças trarão um impacto considerável em um futuro próximo. A busca pela adoção da inteligência artificial generativa, conhecida como "Gen AI", é vista como um potencial divisor de águas no mercado de seguros, gerando transformações imprevisíveis para corretores, seguradoras e insurtechs. O evento congregou uma vasta gama de executivos e empreendedores, todos interessados na compreensão do impacto iminente da tecnologia no setor. Dentre as conclusões, destaca-se a perspectiva de transformações substanciais em um horizonte relativamente próximo, possivelmente em poucos anos.
Indivíduos de destaque, como Gary Vaynerchuk, investidor em tecnologia, sustentam que a consolidação da IA generativa, aliada ao blockchain, representa uma nova era, comparável ao advento da internet nos anos 90. A IA, associada a tecnologias como APIs, computação em nuvem e blockchain, promete aprimorar a eficiência, velocidade dos processos, redução de custos e melhorias em áreas cruciais para o setor, como avaliação de riscos, precificação e personalização de seguros por meio de dados variados. A competição, presume-se, se concentrará em encantar os clientes, indo além da mera disputa de preços.
Analistas vislumbram a IA generativa como capaz de reconfigurar a vida das pessoas, gerando programas de longevidade e aprimorando a qualidade de vida dos clientes à medida que envelhecem. Além disso, a inovação tecnológica tem o potencial de atenuar riscos associados a desafios como mudanças climáticas, ilustrado por uma empresa de tecnologia de seguros que usa IA para analisar dados geoespaciais e prever riscos climáticos.
A transformação da cultura de seguros está em curso, à medida que a digitalização torna o setor mais envolvente tanto para os clientes quanto para as empresas. A colaboração entre seguradoras e outras indústrias, como varejo e comércio eletrônico, está se tornando mais acessível com o uso de APIs, facilitando a distribuição eficiente de produtos de proteção. No entanto, ressalta-se que a qualidade dos dados é essencial para o pleno funcionamento da IA. Empresas, como a brasileira Diretrix.On, estão desenvolvendo soluções de análise de big data para personalizar produtos de seguros com base em informações refinadas.
A implementação bem-sucedida da IA demanda uma estrutura tecnológica sólida e o devido treinamento dos algoritmos, o que pode demandar algum tempo. Apesar do entusiasmo em torno da IA generativa, especialistas concordam que a indústria de seguros em 2030 será substancialmente distinta, e aqueles que não se adaptarem podem enfrentar desafios significativos.
